segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Modelos Atómicos

Nem sempre se pensou que o átomo fosse como hoje conhecemos. Foi uma ideia que evoluiu ao longo dos tempos. Antes de o primeiro modelo atómico ter sido apresentado (séc. XIX), a ideia de que a matéria é feita de pequeníssimos corpuscúlos surgiu há muito tempo.

No século V a.C., o filósofo grego Leucipo e o seu discípulo Demócrito imaginaram a matéria como se fosse constituída por pequenas partículas indivisíveis - os átomos, como lhes chamaram. Concluiram que a matéria não poderia ser infinitamente divisível. Se a partíssemos variadas vezes, chegaríamos a uma partícula muito pequena, indivisível e impenetrável a que se denominou átomo.


Evolução dos Modelos Atómicos

Modélo Atómico de Dalton
John Dalton, no séc. XIX, retomou a ideia dos átomos como constituintes básicos da matéria. Para ele os átomos eram partículas pequenas, indivisíveis e indestrutíveis. Cada elemento químico seria constituído por um tipo de átomos iguais entre si. Quando combinados, os átomos dos vários elementos químicos formariam compostos novos.
 



Modelo Atómico de Thompson ou Modelo do Pudim de Passas
Em 1897, Joseph Thomson descobriu partículas negativas muito mais pequenas que os átomos, os eletrões, provando assim que os átomos não eram indivisíveis.
Assim, colocou a hipótese de que os átomos eram uma esfera com carga eléctrica positiva onde estavam dispersos eletrões suficientes para que a carga total do átomo fosse nula.
 
 
 
Modelo Atómico de Rutherford
No séc. XX, Ernest Rutherford, demonstrou que a maior parte do átomo era espaço vazio, estando a carga positiva localizada no núcleo, tendo este a maior parte da massa do átomo e os eletrões estavam a girar em torno do núcleo.
Também descobriu a existência dos protões, as partículas com carga positiva que se encontram no núcleo.



Modelo Atómico de Bohr
Niels Bohr apresentou algumas alterações ao modelo de Rutherford: os eletrões giram em torno do núcleo em órbitas com energias diferentes. As órbitas interiores apresentam energia mais baixa e à medida que se encontram mais afastadas do núcleo o valor da sua energia é maior. Quando um eletrão recebe energia suficiente passa a ocupar uma órbita mais externa (com maior energia) ficando o átomo num estado excitado. Se um eletrão passar de uma órbita para uma outra mais interior liberta energia.


Modelo da Núvem Eletrónica
Este é o modelo mais correto e atual de um átomo. No núcleo (centro) do átomo estão os protões e os neutrões, enquanto que os eletrões giram à sua volta. Na figura ao lado está representada a nuvem electrónica de um átomo. Esta nuvem representa a probabilidade de encontrar os eletrões num determinado local do espaço.
Os eletrões de um átomo ocupam determinados níveis de energia (o número de eletrões em cada nível de energia é expresso pela distribuição electrónica).



 
Bibliografia

domingo, 6 de outubro de 2013

Espectro Electromagnético

Chama-se espectro electromagnético ao conjunto das várias radiações electromagnéticas.


Analisando o espectro magnético pode-se verificar que quanto maior for a frequência da radiação, maior é a energia que lhe está associada. No espectro magnético, estão representadas as várias radiações por ordem crescente de energia (da esquerda para a direita).

Cor

Um corpo absorve, reflecte ou transmite determinadas radiações, entre aquelas que recebe. Assim, a cor que um corpo recebe depende do tipo de radiação que sobre ele incide e da sua natureza.

Cores Primárias da Luz

  • Vermelho;
  • Verde;
  • Azul.
Cores Secundárias da Luz
  • Amarelo (Vermelho+Verde);
  • Magenta (Vermelho+Azul);
  • Ciano (Azul+Verde).

Espectro da Luz Branca

O espectro da luz branca ou espectro da luz visível é um feixe de luz branca (policromática) que é constituído pelas cores do arco-íris.

Dispersão da Luz Branca
Quando a luz branca passa do ar para o interior de um corpo transparente, esta refrata-se e cada uma das suas radiações propaga-se a velocidades diferentes no interior do material e depois cada radiação refracta-se novamente, mas num ângulo diferente separando-se uma das outras.



Formação do Arco-Íris
O arco-íris forma-se quando a luz do Sol incide numa gota de água, refracta-se e muda de direcção no seu interior.
Dentro da gota de água cada radiação vai se propagar a uma velocidade diferente (dispersão), sofrer uma reflexão e outra vez uma refracção (quando sai da gota de água).





Lentes e Defeitos de Visão

Lentes
As lentes são corpos transparentes, geralmente de vidro ou de plástico tratado, limitados por uma ou duas superfícies curvas.

Existem dois tipos de lentes:
  • Divergentes(servem para corrigir a miopia): imagem virtual, direita e menor que o objecto ;
  • Convergentes(servem para corrigir a hipermetropia): - se estiver longe: imagem real, invertida e menor do que o objecto ;
- se estiver a uma distância média: imagem real, invertida e maior do que o objecto;
- se estiver perto: imagem virtual, direita e maior do que o objecto.





Defeitos da Visão e a sua correção
Miopia
Na miopia, a imagem dos objectos distantes é focada à frente da retina e não sobre ela. A miopia é consequência de um globo ocular demasiado longo ou de um cristalino demasiado convergente. A miopia corrige-se com lentes divergentes.

Hipermetropia
Na hipermetropia, a focagem da imagem dos objectos é feita atrás da retina, devido a uma deficiência no globo ocular ou devido a um cristalino pouco convergente. A hipermetropia corrige-se com lentes convergentes.

Astigmatismo
O astigmatismo está associado a uma curvatura irregular da córnea. A forma da córnea é mais ovolada. Este desajuste faz com que a luz se refracte em vários pontos da retina em vez de se focar em apenas num, originando uma focagem deficiente.

Presbiopia
A presbiopia, ou vista cansada, surge quando a cristalino perde a capacidade de focar os objectos devido à rigidez dos múscculos. Manifesta-se na dificuldade em realizar tarefas que exijam uma visão próxima.








Reflexão Total

Quando a luz passa de um meio no qual a velocidade é menor para um meio cuja velocidade é maior, o raio refractado afasta-se da normal. Como consequência, há um ângulo de incidência - ângulo limite ou ângulo crítico - para qual o ângulo de refracção é 90 graus. Assim, se o ângulo de incidência for superior ao ângulo limite, deixa de haver refracção e toda a luz que incide na superfície de separação é reflectida.


O valor do ângulo crítico depende dos meios ópticos em causa. As fibras ópticas são um exemplo de reflexão total



Refração da Luz

A refracção da luz ocorre quando a luz passa de um meio óptico para outro, onde a velocidade de propagação é diferente, e sofre mudança de direcção.





Verifica-se que:
  • o raio refractado aproxima-se da normal quando a velocidade no segundo meio é inferior à velocidade no primeiro meio, caso contrário, afasta-se da normal;
  • não há mudança de direcção quando o ângulo de incidência é de 0 graus, ou seja, quando o raio incide perpendicularmente à superfície de separação dos meios.
Em simultâneo com a refracção, pode ocorrer reflexão na superfície de separação dos meios.






Espelhos

Os espelhos são superfícies polidas que reflectem regularmente a luz e, por isso permitem obter imagens nítidas dos objectos. Existem espelhos com superficies planas e curvas.

Existem diferentes tipos de espelhos:
  • Espelhos Planos: imagem direita, forma-se à mesma distância, são virtuais e lateralmente invertidas.
  • Espelhos Convexos: imagem imagem direita, menor do que o objecto e virtual;
  • Espelhos Côncavos: - se estiver longe: real, invertida e menor que o objecto;
- se estiver a uma distância média: real, invertida e maior do que o objecto;
- se estiver perto: real, invertida e maior do que o objecto.






Reflexão da Luz

A reflexão da luz é a mudança de direcção ou de sentido que ocorre quando os raios luminosos incidem em certas superfícies, continuando a luz a propagar-se no mesmo meio (meio óptico).

Existem dois tipos de reflexão da luz:
- Reflexão Regular ou Reflexão: quando a reflexão ocorre numa superfície polida (os raios são desviados paralelamente e na mesma direcção.





- Reflexão difusa ou difusão da luz: quando a reflexão ocorre numa superfície rugosa (os raios são desviados em direcções diferentes).





Leis da Reflexão da Luz

  • o raio incidente, o raio reflectido e a normal estão no mesmo plano;
  • os ângulos de incidência e de reflexão são iguais (têm a mesma amplitude).



- Raio Incidente ( ri ) - Raio luminoso que incide sobre a superfície;
- Raio Reflectido ( rr ) - Raio luminoso que é reflectido pela superfície;
- Normal ( n ) - Linha imaginária que é perpendicular à superfície no ponto de incidência;

- Ângulo de Incidência ( î ) - Ângulo definido pela normal e pelo raio incidente;
- Ângulo de Reflexão ( ^r ) - Ângulo definido pela normal e pelo raio reflectido.





Luz

A luz é uma onda electromagnética e transversal. Esta propaga-se em linha reta e radialmente em todas as direcções.

Classificação dos feixes luminosos quanto ao modo de propagação






Classificação dos materiais quanto ao modo como são atravessados pela luz





Opacos: a luz não atravessa o material e não se vê através da parede.










Translúcido: a luz atravessa parcialmente o material e vê-se com pouca nitidez através do material.








Transparente: a luz atravessa o material e vê-se nitidamente através do material.




Triângulo de Visão
Para se ver um objeto implica a existência de três aspectos fundamentais que constituem o triângulo de visão: o objecto, uma fonte luminosa que ilumine o objecto e um detector de luz (por exemplo, os olhos de uma pessoa).




 

Som

O som é uma manifestação de energia (sonora) que se produz através da vibração dos corpos e propaga-se através de ondas sonoras. As ondas sonoras, são ondas mecânicas, longitudinais e de pressão (compressão e rarefacção). Tmbém tem a capacidade de contornar obstáculos.

Propriedades do Som
Altura do Som - é a propriedade do som que permite classificar os sons em agudos (altos ou finos) e graves (baixos ou grossos). A altura de um som depende da frequência da onda sonora.
Maior Altura <--> Maior Frequência

Intensidade do Som - é a propriedade que permite classificar os sons em fortes ou fracos. Está relacionada com a amplitude da onda sonora.
Maior Intensidade <--> Maior Amplitude

Timbre - é a propriedade que permite distinguir sons com a mesma intensidade e altura, mas provenientes de fontes sonoras diferentes.

Propagação do Som
Como sabem, a onda é uma onda mecânica, pelo que necessita de um meio material para se propagar. A velocidade de propagação do som difere consoante o meio de propagação do som.

Vsom sólido>Vsom líquido>Vsom gasoso

No entanto, a velocidade de propagação do som não depende apenas do estado físico do meio, mas também de outros factores como a densidade, a elasticidade e a temperatura dos materiais.

Velocidade de Propagação
O valor da velocidade de propagação do som (v) em qualquer meio pode ser obtido pelo quociente entre a distância (d) eo intervalo de tempo (Δt) que o som demora a percorrer essa distância.

Reflexão do Som
A reflexão é um fenómeno do som que ocorre quando a onda é obrigada a mudar de direcção, ao encontrar um obstáculo (superfície refletota - lisa e dura). Para se distinguir o som reflectido do original é necessário um intervalo de tempo de 0,1 segundos.


Existem dois tipos de reflexão do som:
Eco: consiste em ouvir a repetição de um som que foi produzido distantes antes, pelo que a superfície reflectora tem de estar a uma distância mínima de 17 metros da fonte emissora.

Reverberação: consiste em ouvir um prolongamento do som original e os sons parecem durar mais tempo no nosso ouvido do que seria normal. Este fenómeno acontece quando a superfície refletora está a menos de 17 metros da fonte emissora.

Expectro Sonoro
O conjunto de todas as frequências possíveis para as ondas sonoras é denominado espectro sonoro.


Nível Sonoro
O ouvido humano não consegue distinguir sons de intensidades muito próximas ou muito fracos. Para isso estabeleceu-se uma escala comparativa para avaliar a intensidade dos sons. A unidade utilizada para medir o nível sonoro é o decibel (dB) e o aparelho é o sanómetro.


Fig. 1 - Anómetro 


Audiogramas
Os audiogramas são gráficos onde se representa o limite da audiabilidade em função da frequência e do nível da intensidade sonora.


 Fig. 2 - Audiograma



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Ondas

Uma onda é a propagação de uma perturbação num meio material ou não. Uma onda transporta energia e não matéria.

Classificação de Ondas
Quanto à sua natureza:
- Ondas Mecânicas: são ondas que se propagam num meio material.
Ex: Ondas do Mar, Ondas Sonoras, Ondas Sísmicas.
- Ondas Electromagnéticas: são as ondas que não precisam de um meio material para se propagarem, propagam-se no vazio (ou no vácuo).
Ex: Ondas Luminosas, Ondas Rádio, Ondas Ultra-Violetas.


Quanto à direcção da perturbação:
- Ondas Longitudinais: ondas em que a direcção da perturbação é igual à da propagação da onda.
Ex: Ondas Sonoras.
- Ondas Transversais: ondas em que a direcção da perturbação é perpendicular à direcção da propagação da onda.
Ex: Ondas Sísmicas.

Quanto à sua repetição no espaço e ao longo do tempo:
- Onda Não Periódica: as suas características não se repetem no espaço nem ao longo do tempo.
- Onda Periódica: as suas características repetem-se no espaço e ao longo do tempo.

Características de uma onda periódica:

Fig. 1 - Características de uma Onda Periódica









- a elongação é a diferença de posição entre qualquer ponto e o equilíbrio;
- o comprimento de onda (λ) é a distância mínima entre dois pontos que se encontram na mesma fase. A unidade do Sistema Internacional é o metro (m);
- a amplitude (A) corresponde à distância máxima da elongação e exprime-se em metro (unidade de base do Sistema Internacional);
- a frequência da onda (f) corresponde ao número de ciclos (oscilações) que se completam em cada segundo. No sistema internacional de unidades a frequência é expressa em vibrações, ciclos por segundo ou hertz (Hz);
- o período (T) é o intervalo de tempo necessário para se completar um ciclo. O segundo (s) é a unidade do Sistema Internacional para esta grandeza.

Temperatura e Calor

Temperatura
É uma propriedade do corpo, uma grandeza física que se relaciona com o grau da agitação das partículas, ou seja, com a energia cinética média das partículas;
maior agitação ---» maior energia cinética ---» maior temperatura
menor agitação ---» maior energia cinética ---» menor temperatura
- Mede-se com termómetros;
- A unidade do sistema internacional (SI) é o Kelvin (K), mas são mais utilizado os graus Celsius (ºC) ou os graus Fahrenheit (ºF).

Calor
Não é uma propriedade do corpo, é uma grandeza física e é energia em movimento (transferência de energia térmica entre corpos a diferentes temperaturas);
- Pode ser calculado;
- A unidade do sistema internacional (SI) é o Joule (J).

Fig. 1 - Exemplo de Condução térmica
Mecanismos de energia sob a forma de calor:
- Condução térmica (fig.1):
- nos sólidos;
- há transferência de energia térmica;
- não há transporte da matéria;
- Convecção (vídeo):
- nos líquidos e nos gases;
- há transferência de energia térmica;
- há transporte da matéria;








quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A Energia

A energia pode-se associar a materiais como a gasolina, que permite que um automóvel se movimente, ou os alimentos, pois possibilitam-nos andar, falar, correr, dançar e trabalhar.
Também se associa energia a situações como o movimento de máquinas ou seres vivos.
A energia pode identificar-se como uma medida da capacidade para realizar trabalho. Sabe-se que sem energia qualquer actividade é impossível, embora não seja a causadora das actividades.
A energia transfere-se entre corpos: a gasolina transfere energia para o automóvel, os alimentos transferem energia para as pessoas e assim sucessivamente.


Como podemos reparar no vídeo (lado direito), o halterofilista quando levanta o halter, exerce força para o movimentar e transfere energia para o halter.
Se na altura quando o halterofilista tivesse a exercer força sobre o halter e este não se movesse, então, não estaria a haver transferência de energia, uma vez que o halter se mantinha na mesma posição.



Fontes de Energia
Fonte                                   Designação                          Classificação
Sol                                       Energia Solar                       Renovável e primária
Vento                                  Energia Eólica                      Renovável e primária
Água do Mar                       Energia das Ondas               Renovável e primária
Água dos Rios                     Energia Hídrica                   Renovável e primária
Calor Interno da Terra         Energia Geotérmica            Renovável e primária

Fig. 1 - Combustível Fóssil - Carvão
Combustíveis Fósseis-»Energia dos combustíveis fósseis-»Não renovável e secundária
Exs: petróleo, gás natural e carvão.

Derivados do Petróleo-»Energia dos combustíveis-»Não renovável e secundária
Exs: gasolina, gasóleo, fuelóleo, guerosene (líquidos); propano e botano (gases).

Biomassa-»Energia da biomassa-»Renovável e primária
Fig. 2 - Combustível nuclear - Urânio
Exs: árvores ou restos florestais, resíduos orgânicos.

Biogás-»Energia do biogás-»Renovável e primária
Ex: metano.

Combustíveis nucleares-»Energia nuclear-»Não renovável e primária
Exs: urânio, plutónio.

Uma fonte de energia primária são os recursos naturais que podem ser utilizados como fontes de energia.
Uma fonte de energia secundária é uma fonte de energia que é obtida através de uma fonte de energia primária.
Uma fonte não-renovável de energia é limitada, ou seja, demoram centenas de milhares de anos a formar-se e esgotam-se à medida que vão sendo utilizadas.
Uma fonte renovável de energia pode ser utilizada de uma forma ilimitada pois, estão em constante renovação.
Fig. 3 - O Raio-X é um exemplo de Energia radiante

Manifestações de Energia
Deteta-se a energia através das suas manifestações:
- Som (Energia sonora);
- Aquecimento dos corpos (Energia térmica);
- Luz (Energia luminosa);
- Radiações (Energia radiante);
- Corrente elétrica (Energia elétrica);
- Conteúdo energético das substâncias (Energia química);
- Movimento (Energia mecânica).

Duas formas fundamentais da energia:
Energia potencial - energia armazenada nos corpos e que pode vir a ser utilizada;
- Energia potencial química: alimentos, combustíveis, pilhas e baterias;
- Energia potencial elástica: materiais elásticos e molas;
- Energia potencial gravítica (Epg): todos os corpos, mesmo em repouso, possuem Epg.
maior altura (h) -» maior Epg (para a mesma massa) e menor altura(h)-»menor Epg [= massa do corpo(m)]

Epg = 10 x m x h


Energia cinética (Ec) - energia associada ao movimento dos corpos.

Ec = 1/2 x m x v x v
                                                      

m = massa do corpo (Kg)
v = velocidade do corpo (m/s)
Unidade de energia: joule (J)



Fig. 3 - Pêndulo


Na figura ao lado está representado um pêndulo. Nos pontos 2 e 5 a altura é máxima (hmáx), no ponto 1 a altura é 0. Desta forma a energia potencial gravítica nos pontos 2 e 5 é máxima e no ponto 1 a energia potencial gravítica é mínima.
Se a sequência começa-se no ponto 2 (ainda sem movimento) a energia cinética nesse ponto seria 0. Se puséssemos a bola a andar, a energia cinética começaria a aumentar à medida que a bola se aproximava da altura mínima (0 = ponto 1) e quando começa-se a subir de novo a energia cinética começaria a baixar.
À medida que a bola se aproximava da altura mínima, a Epg ia diminuindo e ao subir a Epg começaria a aumentar.
Assim podemos afirmar que a Epg transforma-se em Ec e vice-versa.



Lei da conservação da energia
- A energia não se cria nem se destrói;
- A energia transfere-se e transforma-se.

Sistema: Objeto em estudo
Ex: lanterna.

Fonte de energia ------------------------------» Recetor de energia
pilha lâmpada
(fornece energia) (recebe energia)

Pilha ---------------------» Fios elétricos -------------------------------» Lâmpada

Energia potencial química--» Energia elétrica ----» Energia luminosa - Energia útil (energia utilizada)
Energia térmica - Energia dissipada ( energia não utilizada)


 

Como influenciar a velocidade das reações químicas?

A velocidade de uma reação química depende da natureza dos reagentes e das condições em que efetuada. Os fatores que influenciam a velocidade de uma reação química são os seguintes:

- a concentração dos reagentes;
- o estado de divisão dos reagentes sólidos;
- a temperatura do sistema reaccional;
- a luz;
- a presença de catalizadores.


Concentração dos reagentes
Fig. 1 - Solução concentrada de tiossulfato de sódio e ácido clorídrico
A concentração é uma forma de expressar a quantidade de soluto que está dissolvido num determinado volume de solvente, por exemplo, hoje em dia há a tendência para utilizar detergentes líquidos mais concentrados, pois tornam as limpezas mais eficazes, uma vez que as reações em que participam são mais rápidas. Como exemplo, quando se põe o ácido clorídico e o tiossulfato de sódio, precipita enxofre, que turva a solução.
Se tivermos duas soluções de diferentes concentrações de tiossulfato de sódio em dois golebés. Se adicionarmos o mesmo volume de ácido clorídico com a mesma concentração a cada um deles, pode-se observar a influência da concentração na velocidade da reação, desta forma a velocidade da reação é maior na solução que apresenta o tiossulfato mais concentrado.
De um modo geral, quanto maior for a concentração dos reagentes, maior é a velocidade de reação, isto é: maior concentração -» maior nº de partículas -» maior probabilidade de ocorrerem choques eficazes.


Estado de divisão dos reagentes sólidos
Fig. 2 - Madeira serrada
A velocidade da reação química também pode ser influenciada através da superfície de contacto dos reagentes sólidos ou o estado de divisão dos reagentes sólidos.
Desta forma, quanto mais dividido se encontra um reagente sólido, maior é a sua superfície de contacto com o exterior e mais facilmente reage.
Numa serração existe perigo de explosão porque a combustão da serradura é muito mais rápida do que a combustão da mesma quantidade de madeira num bloco compacto.
Assim, quanto maior é o estado de divisão dos reagentes sólidos (maior superfície de contacto), maior é a velocidade de reação, isto é: maior estado de divisão -» maior superfície de contacto -» maior nº de partículas disponíveis para a reação -» maior probabilidade de ocorrerem choques eficazes.


Temperatura
A temperatura também é importante para a velocidade das reações químicas.
Fig. 3 - Deterioração do tomate
Um exemplo é que, em certos alimentos, como o leite, os iogurtes, dos legumes ou o fiambre, deterioram-se rapidamente se não são colocados no frigorífico, ou seja, deterioram-se rapidamente na presença de temperaturas mais elevadas.
Assim pode-se concluir que as reações químicas que conduzem à deterioração destes alimentos são mais lentas quando a temperatura é mais baixa.
Desta forma, quanto maior for a temperatura a que ocorre a reação química, maior a velocidade de reação, isto é: maior temperatura -» reações químicas mais rápidas.
Também existem reações químicas que não ocorrem a baixas temperaturas, como por exemplo, a formação de água a partir de hidrogénio e de oxigénio no estado gasoso.


Luz
Existem situações e que não é necessária a presença de luz para que ocorra a reação, mas que permite aumentar a velocidade. Como exemplo, a deterioração de óleos alimentares é mais rápida na presença de luz mas outros, como por exemplo os medicamentos e algumas substâncias químcas usadas em laboratórios são guardadas em locais escuros para evitar a sua decomposição por ação da luz.
Assim, a luz permite aumentar a velocidade de algumas reações químicas, ou seja: presença de luz -» mais rápida a reação química.
Um outro exemplo é quando o jornal se torna amarelado por acção da luz intensa, como a solar.


Presença de catalisadores
O que é um catalisador?
Os catalisadores são substâncias que interferem na velocidade de uma reação química, não se consomindo, podendo ser um catalisador positivo ou negativo.
Fig. 4 - Libertação de oxigénio numa planta verde

Um catalisador positivo ou catalisador acelera a reação química sem ser consumido enquanto que um catalisador negativo ou inibidor retarda a reação química e não é consumido.
Os catalisadores são específicos, ou seja, não actuam em qualquer reação química.Como exemplo, a clorofila é o catalisador da reação da fotossíntese, mas não catalisa outras reações químicas.

Acerto de Equações Químicas

Metano(g)+Oxigénio(g)---»Dióxido de Carbono(g)+Água(g)
(molecular)


_CH4(g)+2O2(g)---»_CO2(g)+2H2O(g)
1C 42O 1C 21O=43O
4H 2O 42H


Acerto de Equações Químicas - coloca-se os algarismos antes das fórmulas químicas (coeficientes estequiométricos)
Nunca se altera a fórmula química.

Conclusão
O número total de átomos de cada elemento químico nos reagentes é igual ao número total de átomos do elemento químico nos produtos da reação.


Lei de Lavoisier ou Lei da Conservação da Massa
A Lei de Lavoisier diz que a massa dos reagentes tem que ser igual à massa total dos produtos de reação.

"Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.".

Constituição da Matéria

- Toda a matéria é constituída por corpúsculos (pequenas partículas);
- Entre os corpúsculos existem espaços vazios;
- Os corpúsculos estão sempre em movimento.

Os corpúsculos podem ser átomos, moléculas ou iões.

Toda a matéria é constituída por átomos.

Constituição de um átomo de hidrogénio:



Eletrão - partícula com carga elétrica negativa;
Neutrão - partícula sem carga eletrónica;
Protão - partícula com carga eletrónica positiva.
Carga do Átomo: -1+1=0

Um átomo não tem carga pois o número de protões é sempre igual ao número de neutrões.


Os átomos ao ligarem-se quimicamente entre si formam moléculas.

Exemplos:
Regras:
- a 1ª letra é sempre maiúscula;
- a 2ªletra é sempre minúscula;
- lê-se letra a letra.


















H2 - 2 átomos de hidrogénio ligados entre si;
N2 - 2 átomos de azoto (nitrogénio) ligados entre si;
O2 - 2 átomos de oxigénio ligados entre si;
H2O - 2 átomos de hidrogénio e 1 de oxigénio ligados entre si;
CO2 - 1 átomo de carbono e 2 de oxigénio ligados entre si;
CO - 1 átomo de carbono e 1 de oxigénio ligados entre si.

Código das Cores:






Moléculas elementares - são moléculas constituídas por átomos do mesmo elemento químico.

Moléculas compostas - são moléculas constituídas por átomos de diferentes elementos químicos.